O número de brasileiros que estão atualmente abrigados em uma escola católica localizada no norte da Faixa de Gaza aumentou para 19 pessoas nesta sexta-feira, após Israel dar um prazo de 24 horas para que civis deixem a região. Esse grupo é composto por 11 crianças, cinco mulheres e três homens.
No entanto, somente 10 dessas pessoas desejam ser repatriadas ao Brasil, enquanto as outras nove estão buscando refúgio e optaram por permanecer em Gaza. Estima-se que, no total, haja 60 brasileiros na Faixa de Gaza, dos quais 22 solicitaram repatriação ao governo brasileiro. Desses, 10 estão na escola e 12 na cidade de Khan Younes, no sul da região.
Após o alerta de Israel, o governo brasileiro orientou todos os brasileiros a se dirigirem para a região sul, mas a coordenação do grupo na escola considera que é mais seguro ficar onde estão no momento. Acredita-se que uma deslocação agora seria muito arriscada, e eles também foram informados de que o sul não tem lugares disponíveis para acolhimento, além de enfrentar falta de água e energia elétrica.
As fontes consultadas consideram que a situação está nas mãos do Hamas e de Israel, e sem um cessar-fogo, as consequências são imprevisíveis. O anúncio de Israel de pedir a evacuação das pessoas no norte de Gaza para o sul torna a situação ainda mais complicada e dramática.
Na quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou pessoalmente nas negociações para o resgate dos brasileiros na zona mais crítica do conflito, ligando para o presidente de Israel, Isaac Herzog, e solicitando a abertura de um corredor humanitário entre a Faixa de Gaza e o Egito. Além disso, autoridades brasileiras também entraram em contato com representantes do governo egípcio e não descartam a possibilidade de negociar com o Hamas para garantir a retirada segura dos brasileiros.