Julian Assange, fundador do WikiLeaks, está prestes a ser libertado após um acordo judicial surpreendente nos EUA. Ele se declarou culpado de conspirar ilegalmente para obter e divulgar informações confidenciais, encerrando assim um drama legal de 14 anos que o levou de Londres a uma remota ilha do Pacífico.
Assange compareceu a um tribunal nas Ilhas Marianas do Norte, onde formalizou o acordo, admitindo sua culpa na obtenção e divulgação de informações confidenciais. O ativista, conhecido por seu papel no vazamento de documentos militares dos EUA, aceitou uma única acusação criminal, resultando em uma pena de 62 meses de prisão. No entanto, como já passou cinco anos na prisão de Belmarsh, em Londres, não retornará à prisão nos EUA.
O julgamento ocorreu em Saipan, capital das Ilhas Marianas do Norte, um território dos EUA, mais próximo da Austrália, seu destino final após a resolução legal. Assange expressou suas crenças sobre a proteção da Primeira Emenda e a contradição com as acusações de espionagem. Este desfecho foi uma reviravolta inesperada, que culminou com sua liberdade iminente e o retorno à Austrália.
A esposa de Assange, Stella, e seu meio-irmão, Gabriel Shipton, expressaram alívio e entusiasmo com a libertação. Eles planejam reintegrar Assange à vida normal, incluindo atividades simples e familiares. A repercussão internacional foi significativa, com muitos chamando o evento de um momento histórico, dada a influência do WikiLeaks nas revelações globais sobre guerra, política e direitos humanos.
Para financiar sua viagem de retorno à Austrália, uma campanha internacional arrecadou fundos para cobrir os custos do voo charter e apoiar sua reintegração. Assim, Assange se prepara para voltar para casa após anos de controvérsias, marcando o fim de uma saga legal complexa e de impacto global.