O Corpus Christi é uma das celebrações mais significativas do calendário católico, ocorrendo na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, 60 dias após a Páscoa. Esta festa litúrgica celebra o mistério da Eucaristia, o sacramento do corpo e sangue de Jesus Cristo. Sua origem remonta ao século XIII, quando foi instituída pelo Papa Urbano IV em 1264, influenciado por visões da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que acreditava que faltava uma celebração dedicada à Eucaristia.
No Brasil, a celebração de Corpus Christi é marcada por uma tradição singular de decorar as ruas com tapetes de serragem colorida, flores e outros materiais. Em cidades como Ouro Preto (MG), Pirenópolis (GO) e Castelo (ES), os tapetes formam verdadeiras obras de arte que adornam o percurso da procissão. Em Pirenópolis, a celebração é uma tradição antiga, organizada desde o século XVIII pela Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento da Matriz do Rosário.
A celebração de Corpus Christi não é apenas uma expressão de fé, mas também um evento que fortalece laços comunitários e preserva tradições culturais. Em várias cidades brasileiras, como Curitiba e Castelo, a festa é reconhecida pela sua importância cultural e turística, movimentando a economia local e atraindo visitantes. Essa celebração combina devoção religiosa, arte e participação comunitária, mantendo viva uma tradição que está em linha com a essência da cultura ocidental e da cristandade.
Além disso, a Igreja Católica desempenhou e continua a desempenhar um papel crucial na formação da identidade brasileira desde o período colonial. Com a chegada dos missionários portugueses no século XVI, a religião católica se estabeleceu como a principal instituição religiosa do país. A presença da Igreja Católica na cultura brasileira é evidente em tradições e festas populares, como o Círio de Nazaré, no Pará, e a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que refletem a devoção e a influência duradoura da Igreja na sociedade brasileira.