Dez mortes de crianças por SRAG em Pernambuco, agravando a escassez de leitos em UTIs pediátricas e neonatais no estado, foram confirmadas neste ano, de acordo com dados da SES. O desespero é palpável entre mães e avós de pacientes, que enfrentam longas filas em busca de atendimento adequado. Érika Pereira, uma mãe em Goiana, compartilhou sua dor após perder seu filho, Ryan David, de apenas seis meses, devido à bronquiolite.
Érika descreveu dias angustiantes no hospital, onde seu filho aguardou em vão por um leito, até seu trágico falecimento. A SES anunciou uma investigação sobre o caso, enquanto quase uma centena de crianças aguardam por UTIs devido a síndromes respiratórias. Valdinete Escocio, avó de Sophia, uma bebê de três meses, compartilhou a angústia de aguardar por uma vaga em UTI para sua neta, que está internada por pneumonia.
A falta de médicos pediatras e especialistas tem dificultado a abertura de novas vagas em unidades pediátricas, conforme declarado pela secretária estadual de Saúde. O Sindicato dos Médicos de Pernambuco destacou a ausência de diálogo com o governo para resolver a crise, criticando a falta de medidas preventivas.
A situação emergencial revela um sistema de saúde sobrecarregado e desafiado pela falta de recursos e planejamento adequado. As famílias afetadas clamam por soluções imediatas para garantir o acesso de suas crianças a cuidados essenciais e evitar mais tragédias evitáveis.