A cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, viveu uma drástica transformação em um curto período de três meses, passando de um extremo a outro em termos de nível do lago Guaíba. Em fevereiro deste ano, o nível do lago atingiu uma baixa preocupante, com apenas 37 centímetros, gerando alerta para possível desabastecimento de água na capital devido à dificuldade na captação de água.
No entanto, em um cenário totalmente oposto, no último dia 5 de maio, Porto Alegre enfrentou uma das piores crises de sua história, com uma enchente recorde, levando o nível do lago Guaíba a atingir a marca de 5,33 metros. As estações de tratamento de água, que antes sofriam com a escassez, tiveram que ser desligadas devido às inundações.
A mudança drástica nas condições climáticas levou a uma série de consequências para a cidade e seus habitantes. As enchentes causaram danos significativos, vitimando pessoas e desalojando milhares de outras. Segundo o último boletim da Defesa Civil, a situação é crítica, com centenas de desaparecidos, feridos e milhões de pessoas afetadas em todo o estado.
Após atingir o recorde de 5,33 metros, o nível do lago Guaíba apresentou uma ligeira diminuição ao longo da semana, mas os cientistas alertam para a possibilidade de aumento após as chuvas do fim de semana. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia indica volumes significativos de chuva, especialmente nas regiões Norte e Leste do estado, que já foram severamente afetadas pelas tempestades anteriores.
A situação também se estendeu à Lagoa dos Patos, na cidade de Rio Grande, que atingiu um nível de 2,37 metros, 1,42 metro acima do normal, dificultando sua redução devido aos fortes ventos leste.
Diante desse cenário, as autoridades e especialistas recomendam cautela e alertam para os riscos de desastres naturais, enfatizando a importância da prevenção e da adoção de medidas de segurança pela população.