Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre encerrado em março, representando um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Apesar da alta, esse é o melhor resultado para o período desde 2014 e está abaixo das projeções do mercado financeiro, que estimavam 8,1%.
O número absoluto de desocupados cresceu 6,7% em comparação com o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. No entanto, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve uma queda de 8,6%.
A população ocupada no primeiro trimestre de 2024 apresentou uma queda de 0,8%, totalizando 100,2 milhões de pessoas. No entanto, em relação ao ano anterior, houve um aumento de 2,4%, o que representa mais 2,4 milhões de pessoas empregadas.
A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, atribui o aumento da taxa de desocupação à redução na ocupação, que é um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre do ano.
Outros destaques da pesquisa incluem a manutenção do emprego com carteira assinada, que atingiu um recorde histórico de 37,984 milhões de empregados. Apesar disso, houve uma leve redução no emprego sem carteira assinada e no trabalho informal.
O rendimento real habitual teve um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 3.123, e a massa de rendimento real habitual também registrou um recorde histórico, alcançando R$ 308,3 bilhões.
Esses dados indicam um cenário complexo no mercado de trabalho brasileiro, com variações sazonais e desafios persistentes, mas também com alguns indicadores positivos, como a manutenção do emprego formal e o aumento do rendimento real.