Uma onda de violência e tensão tomou conta de um condomínio no bairro Santa Cândida, em Curitiba, após um atentado à casa da síndica, Adriana Rocha, ter ocorrido na madrugada do dia 13 de abril. O caso ganhou destaque na última semana com a divulgação das imagens do circuito de segurança, que mostram um homem disparando contra a residência da síndica. De acordo com Adriana, o motivo por trás do ataque seria uma briga com um casal de vizinhos, resultante de desavenças sobre a administração no condomínio.
Em entrevista à imprensa, Adriana Rocha, de 50 anos, relatou ter recebido ameaças nos últimos dois anos por parte de alguns moradores, que estariam insatisfeitos com as medidas tomadas pela síndica em relação ao regimento interno do condomínio, incluindo multas e cobranças de taxas. Embora ela tenha negado ter inimigos, atribuiu os problemas a um casal específico do condomínio, alegando que as ameaças e os atos de violência teriam sido provocados por eles.
As imagens das câmeras de segurança mostram não apenas o atentado à casa da síndica, mas também um homem quebrando as câmeras do condomínio, além de uma discussão entre Adriana e outras moradoras, registrada em vídeo pela própria síndica. Para o delegado responsável pela investigação, Rogério Lopes, as características do crime indicam que se trata mais de um “recado” para a vítima do que de uma tentativa de homicídio.
A situação levou a equipe de investigação do 4° Distrito Policial a ouvir moradores e levantar 55 boletins de ocorrência relacionados à síndica, a maioria dos quais envolvendo denúncias ou indicações de pessoas pelas quais ela teria a intenção de processar. No entanto, o advogado de Adriana afirma que nenhum dos boletins refere-se a crimes anteriores cometidos pela síndica e que a maioria deles é relativa a situações em que ela foi vítima.
Enquanto as investigações seguem em andamento, Adriana Rocha e sua equipe de defesa buscam medidas para protegê-la das ameaças e para esclarecer os incidentes ocorridos no condomínio. O clima de tensão e violência entre os moradores demonstra a importância de uma administração condominial eficiente e da necessidade de solucionar conflitos de forma pacífica e legal.