Uma entrevista polêmica em que O.J. Simpson supostamente confessa ter assassinado a ex-esposa, Nicole Brown Simpson, e Ron Goldman só foi ao ar 12 anos após ser gravada. O ex-jogador de futebol americano, que ficou mundialmente conhecido pelo polêmico julgamento em que foi inocentado dos assassinatos em 1995, volta a ser centro de atenção devido às revelações feitas na entrevista.
A suposta confissão foi feita em 2006 numa entrevista com a editora de seu livro, “If I Did It”, que narra hipoteticamente como teria sido o assassinato de Nicole Brown Simpson e Ron Goldman. O livro, escrito por um ghost-writer com o aval de O.J. Simpson, levantou inúmeras questões sobre o caso e provocou a revolta das famílias das vítimas.
Em uma entrevista para a editora do livro, Judith Regan, O.J. Simpson conta uma versão hipotética dos fatos, detalhando como teria sido o assassinato, caso ele tivesse cometido o crime. Apesar de afirmar que se tratava de uma história hipotética, as revelações feitas por Simpson na entrevista causaram grande impacto.
Ele descreveu como teria estacionado o carro no beco, colocado uma touca e luvas, e afirmou se lembrar de pegar uma faca que estava com um amigo. No entanto, afirmou que não se lembrava do que aconteceu depois disso. A entrevista também abordou passagens do livro em que Simpson expressava surpresa com a quantidade de sangue na cena do crime.
A entrevista, que tinha o objetivo de divulgar o livro, só foi ao ar em 2018, quando a Fox lançou o documentário “O.J. Simpson: A Confissão Perdida”. Apesar do impacto da entrevista, ela não teve efeito algum no julgamento de O.J. Simpson, que foi inocentado nos tribunais em 1995.
O caso de O.J. Simpson continua a gerar controvérsia e a levantar questões sobre justiça, mídia e racismo nos Estados Unidos. A entrevista reacendeu o debate sobre a culpa ou inocência do ex-jogador, enquanto as famílias das vítimas continuam a buscar justiça e respostas para o assassinato que chocou o mundo.