Esse estudo destaca uma interconexão surpreendente entre as mudanças climáticas e a rotação da Terra, mostrando como os efeitos do aquecimento global podem ter consequências muito além do que tradicionalmente consideramos. Aqui estão alguns pontos-chave sobre o assunto:
Deslocamento da água do degelo: O derretimento das calotas polares na Antártica e na Groenlândia está causando o deslocamento da água do degelo em direção ao equador. Isso afeta a distribuição de massa da Terra.
Alterações na forma da Terra: O aumento do derretimento do gelo nos polos leva a mudanças na forma da Terra, o que, por sua vez, influencia a rotação do planeta.
Impacto na velocidade de rotação: As mudanças na distribuição de massa devido ao derretimento do gelo têm efeitos opostos na velocidade de rotação da Terra. Enquanto o núcleo interno sólido faz com que o planeta gire mais rapidamente, as mudanças causadas pelo aquecimento global tendem a abrandar esse processo.
Segundo bissexto negativo: Para compensar essas variações na rotação da Terra e manter a precisão dos relógios em relação ao movimento real do planeta, os cientistas propõem a introdução do “segundo bissexto negativo”, subtraindo um segundo do tempo universal coordenado (UTC) conforme necessário.
Previsões e incertezas: Os pesquisadores apontam que, devido ao aquecimento global, pode ser necessário implementar ajustes no tempo até 2029. No entanto, há incertezas sobre como exatamente essas mudanças climáticas afetarão a rotação da Terra e, consequentemente, o tempo.
Essa pesquisa destaca a complexidade das interações entre o sistema climático da Terra e sua dinâmica rotacional, ressaltando a importância de monitorar e compreender esses fenômenos para mitigar os impactos das mudanças climáticas e manter a precisão dos sistemas de tempo globais.