A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou que o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de fraude, revelando a inserção de três doses falsificadas contra a COVID-19.
A primeira dose, registrada em julho de 2021 pela UBS Parque Peruche, em São Paulo, não conseguiu identificar o responsável pela falsificação devido a limitações no Sistema VaciVida. Já as outras duas doses, registradas em agosto e outubro de 2022, em Duque de Caxias, apontam envolvimento de auxiliares de Bolsonaro e servidores municipais.
Em maio de 2023, a Polícia Federal prendeu o tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço direito de Bolsonaro, e outras seis pessoas, incluindo ex-assessores, durante uma operação relacionada ao esquema de falsificação. A investigação indica que o grupo visava manter uma coesão ideológica, defendendo discursos contrários à vacinação contra a COVID-19.
A CGU concluiu a impossibilidade de registro no sistema federal e notificará a Corregedoria Estadual de São Paulo e o Ministério Público. Bolsonaro, que impôs sigilo sobre seu cartão de vacinação durante o mandato, ainda não se pronunciou sobre as conclusões da CGU.