Parlamentares, representantes de órgãos e famílias atípicas se reuniram na Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Alepe para discutir a relevância da conscientização sobre o autismo. A iniciativa foi proposta pelo deputado Pastor Júnior Tércio (PP), que conduziu o debate.
Pastor Júnior Tércio enfatizou a necessidade de disseminar informação sobre o autismo. “A defesa dos direitos dos autistas é uma causa de toda a sociedade. Contem com minha voz no Parlamento para garantir direitos, combater o preconceito e promover a inclusão”, destacou o vice-presidente do colegiado.
A deputada estadual Dani Portela (PSOL), presidente da Comissão de Cidadania, ressaltou a extensa fila de espera por diagnóstico, afetando cerca de 10 mil famílias. Mesmo após o diagnóstico, as dificuldades persistem, acrescentou.
A deputada federal Clarissa Tércio (PP) expressou solidariedade às mães atípicas, reconhecendo suas lutas em busca de tratamento especializado para seus filhos autistas. “O autismo é uma causa que nos une. Não desistam de lutar pelos direitos de seus filhos”, afirmou.
Pollyana Dias, presidente da Amar-Aliança de Mães e Famílias Raras, destacou a exaustão das mães atípicas devido à falta de políticas públicas para autistas em Pernambuco. Ana Keite, coordenadora da Amar em Jaboatão, pediu apoio do poder público para autistas, mesmo após a infância.
O auditor do TCE, João Francisco Alves, defendeu a criação de um centro especializado para pessoas com TEA em Pernambuco, opinião compartilhada por Cínthia Cardoso, do Projeto Inclusão é Vida.
Para o médico psiquiatra João Carlos Leitão, autista, o diagnóstico na vida adulta é desafiador devido à falta de preparo dos colegas. As demandas serão encaminhadas ao Governo do Estado em busca de melhorias para os autistas em Pernambuco.
O deputado estadual João de Nadegi (PV) e o advogado especialista na Causa Autista, Diego Gomes, também participaram do encontro.