O ex-ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em participação recente em um podcast com os senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PSB-GO), fez críticas contundentes à gestão econômica do Brasil após a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff em 2014, apontando uma “irresponsabilidade fiscal com baixíssimo crescimento” que culminou no impeachment da mesma no ano seguinte.
Haddad destacou um período conturbado na política brasileira, marcado por desentendimentos entre os Poderes da República desde 2015 até a eleição de 2022. Segundo ele, houve 10 anos de “irresponsabilidade fiscal” e baixo crescimento econômico, resultando em medidas que desorganizaram as finanças públicas.
“A única forma do Brasil dar certo é virar uma página que foi escrita durante 10 anos. Ao longo de 10 anos, eu diria que desde 2015, depois da reeleição da Dilma Rousseff, os Poderes se desentenderam completamente, até 2022, que foi uma eleição muito conturbada, com uma série de medidas que desorganizaram as finanças públicas. Nós tivemos 10 anos de irresponsabilidade fiscal com baixíssimo crescimento, o gasto não produziu os efeitos pretendidos”, afirmou Haddad.
O ex-ministro também reconheceu os desafios políticos e os interesses conflitantes na tramitação das leis no Congresso, ressaltando a necessidade de compreender os riscos e oportunidades que o Brasil enfrenta neste momento.
Em relação à relação entre o Executivo e o Legislativo, bem como o governo federal com o Banco Central, Haddad afirmou que há desafios, mas expressou otimismo quanto ao médio e longo prazo, que prometem ser positivos para o país, desde que tudo corra bem.
Além disso, Haddad alertou para o risco do que chamou de “patrimonialismo verde” no processo de transição para energias limpas, onde os interesses público e privado podem se confundir. Essa é uma questão que merece atenção para garantir um desenvolvimento sustentável e equitativo, concluiu o ex-ministro.