A China, com sua missão Chang’e-6, está adentrando em território lunar não explorado para desvendar mistérios e trazer novas descobertas sobre o lado distante da Lua. Esta missão, lançada recentemente, visa coletar amostras do “lado oculto” do satélite natural da Terra, especificamente da bacia do Polo Sul-Aitken, uma área lunar massiva e pouco estudada. A bacia do Polo Sul-Aitken é reconhecida como a maior e mais antiga cratera lunar, cobrindo quase um quarto da superfície da Lua. A China planeja explorar sua geologia e topografia, além de coletar amostras de diferentes locais dentro da cratera.
Essa empreitada tem como objetivo responder a perguntas persistentes sobre o lado distante da Lua, que permanece menos conhecido em comparação com o lado visível da Terra. O retorno das amostras à Terra proporcionará uma oportunidade para análises mais detalhadas, revelando possíveis diferenças geológicas e composicionais entre os dois lados do satélite. Isso poderia ajudar a confirmar teorias sobre a origem da Lua e esclarecer por que o lado distante é tão distinto do lado visível.
Embora seja frequentemente chamado de “lado escuro”, o lado distante da Lua não está permanentemente na escuridão, mas enfrenta períodos alternados de luz solar e escuridão, assim como o lado visível. A designação “lado distante” é usada porque esse lado da Lua está sempre voltado para longe da Terra.
Essa missão chinesa não é a primeira incursão na exploração do lado distante da Lua. A missão Chang’e-4, realizada em 2019, foi a primeira a pousar nessa região, oferecendo uma visão inicial das características e condições únicas do lado distante.
Os cientistas esperam que o estudo do lado distante da Lua e a análise das amostras coletadas ajudem a desvendar sua história geológica, incluindo informações sobre a formação da Lua e a evolução de sua superfície ao longo do tempo. Além disso, o lado distante pode fornecer insights valiosos sobre processos cósmicos que ocorreram durante os estágios iniciais do sistema solar, potencialmente impactando a compreensão da história da Terra.
Portanto, a missão Chang’e-6 representa um passo significativo no avanço da exploração espacial e na compreensão da Lua, oferecendo a oportunidade de decifrar alguns dos enigmas mais antigos e intrigantes de nosso sistema solar.