A Rússia lançou um ataque aéreo “massivo” à infraestrutura energética da Ucrânia durante a madrugada de quarta-feira (8), marcando o maior ataque das forças russas em semanas. Autoridades ucranianas relataram que 76 armas de ataque foram utilizadas, incluindo 55 mísseis e 21 drones, lançados tanto da Rússia quanto de áreas controladas por ela. Pelo menos 59 dessas armas foram neutralizadas durante a noite.
Os alvos dos ataques foram instalações de geração e transmissão de energia em várias regiões ucranianas, como Poltava, Kirovohrad, Zaporizhzhia, Lviv, Ivano-Frankivsk e Vinnytsia. O ministro da Energia da Ucrânia, Herman Halushchenko, destacou no Telegram a intenção do inimigo em privar o país da capacidade de gerar e transmitir eletricidade, apelando para que todos economizem eletricidade como uma contribuição para a vitória.
O ataque deixou pelo menos três pessoas feridas, incluindo uma mulher e um homem com múltiplos ferimentos por estilhaços, além de uma criança de 8 anos. Esses incidentes ocorrem num momento em que as tropas ucranianas enfrentam dificuldades para manter suas posições nas principais linhas de frente, especialmente no leste do país.
Moscou intensificou seus esforços para paralisar o sistema energético ucraniano no último mês, aproveitando uma “seca de artilharia” que dificulta as defesas da Ucrânia desde dezembro. O ataque mais recente atingiu três centrais térmicas gerenciadas pela DTEK, a maior empresa de energia do país, além de instalações críticas de infraestrutura energética na região de Lviv.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que todos os serviços necessários estão trabalhando para mitigar as consequências desses ataques. Ele destacou a importância de o mundo entender a situação e não dar chance ao que ele chamou de “novo nazismo”. Os ataques coincidem com o Dia da Memória e da Vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial, marcado pela Ucrânia na quarta-feira.