O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua decisão de não decretar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) no Estado do Rio de Janeiro após um conflito com milícias na cidade. O incidente ocorreu em 23 de outubro, quando 35 ônibus e um trem foram incendiados após uma operação policial que resultou na morte de um miliciano, marcando um dos piores episódios de confronto com milícias na capital fluminense.
Em uma entrevista com jornalistas no Palácio do Planalto na sexta-feira (27 de outubro), Lula declarou que não decretaria a intervenção no Rio de Janeiro “enquanto fosse presidente” e afirmou que não é função dos militares das Forças Armadas permanecer nas favelas “lutando contra bandidos”.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que é do mesmo partido de Bolsonaro, o PL, também negou a necessidade de um decreto de GLO. Bolsonaro, em sua resposta a Lula, afirmou que o “crime organizado agradece”, sugerindo que a ausência de intervenção das Forças Armadas pode favorecer o aumento da violência nas áreas controladas por milícias.
O debate sobre o uso da GLO no combate à violência no Rio de Janeiro tem sido um tema recorrente na política brasileira, com diferentes opiniões sobre a eficácia e a adequação de tal medida para lidar com os desafios de segurança pública na cidade.