A defesa do empresário Roberto Mantovani, suspeito de hostilizar o ministro do STF Alexandre de Moraes, requereu uma nova perícia das imagens do incidente. A solicitação surgiu devido a divergências entre as análises realizadas pela Polícia Federal e pelas autoridades italianas. O advogado Ralph Tórtima, responsável pela defesa de Mantovani, alegou que enquanto a PF considerou que as gravações “parecem” confirmar que o filho de Moraes foi agredido, as autoridades italianas tiveram uma interpretação diferente.
De acordo com a tradução fornecida no pedido, a polícia italiana relatou que “foi detectável o único contato físico digno de nota, ocorrido entre Mantovani Roberto e o filho da personalidade, visto que este provavelmente, exasperado pelas agressões verbais recebidas, balançou os braços com o membro superior esquerdo, tocando a nuca do antagonista que executou simultaneamente a mesma ação usando o braço à direita, impactando levemente os óculos de Alexandre Barci de Moraes.”
A defesa busca que uma nova perícia seja realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística, órgão vinculado à Polícia Federal. O pedido alega que, devido à evidente contradição nas análises das imagens pelas polícias federal e italiana, todas as imagens obtidas por meio da Cooperação Internacional sejam encaminhadas ao Instituto Nacional de Criminalística para uma análise adequada.
Em 5 de outubro, a Polícia Federal divulgou um relatório preliminar com base nas imagens fornecidas pelas autoridades italianas, que investigavam atos de hostilidade contra o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Fiumicino, em Roma. O incidente teria envolvido Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andrea Munarão, que são investigados por suposta injúria e agressão física contra Moraes e sua família.
O relatório da PF conclui que as imagens permitem afirmar que Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão possivelmente ofenderam, injuriaram ou caluniaram o ministro Alexandre de Moraes e seu filho, Alexandre Barci de Moraes. O ministro Dias Toffoli, relator do caso no STF, levantou o sigilo das investigações, mas manteve a confidencialidade das imagens, liberando apenas os documentos do processo que analisam as gravações. Além disso, os depoimentos dos envolvidos negam as agressões.