O Santa Cruz enfrenta mais um problema jurídico com a dissolução na Justiça da comissão eleitoral, e o presidente do clube, Jairo Rocha, declarou que suas mãos estão atadas, afirmando que pouco pode fazer neste cenário complicado.
Embora tenha se mostrado disposto a ajudar, Jairo Rocha enfatizou que o pedido para a dissolução da comissão eleitoral foi iniciado por conselheiros do clube e, portanto, somente o órgão competente teria a autoridade necessária para resolver o impasse. Na última quinta-feira, a decisão judicial determinou a dissolução da comissão, alegando que sua criação havia ocorrido de maneira irregular. Essa reviravolta praticamente inviabiliza a realização das eleições, originalmente agendadas para 12 de novembro, como havia sido acordado entre os órgãos do clube.
Jairo Rocha explicou: “A bola está com Marino (Abreu, presidente do Conselho Deliberativo). Liguei pra ele mais cedo e me pus à disposição. No que puder ajudar, estou pronto, mas este é um problema do Conselho e precisa ser resolvido por lá.”
De fato, a denúncia à justiça foi feita por dois conselheiros, Esequias Pierri, que é pré-candidato à presidência, e o historiador Ivaldo Marciano de França Lima. Eles argumentaram que a reunião na qual a comissão foi formada não deveria ser válida, uma vez que não contava com os 350 conselheiros eleitos em 2022.
Jairo Rocha lamentou profundamente o episódio e o risco iminente de que as eleições não possam ser realizadas em novembro, conforme planejado: “Desde que assumi, tenho cumprido com minha palavra. Fiz o possível para antecipar as eleições, corremos com o projeto de venda da SAF, que aguarda apenas o término do período eleitoral, e estamos mantendo nossa postura de paz. Inicialmente, meu mandato iria até 4 de dezembro, e se não for mais possível realizar a eleição antes, vou cumpri-lo até lá.”
O pré-candidato Albertino dos Anjos também lamentou o episódio, uma vez que pretendia formalizar sua candidatura na próxima segunda-feira, 30 de outubro, data limite estipulada no edital que agora perdeu a validade. Ele ressaltou que uma nova data para inscrição das chapas precisa ser estabelecida, seguida por prazos para averiguação das candidaturas e recursos de cada candidato, de acordo com o estatuto do clube.
Albertino aproveitou a oportunidade para defender a ideia de uma chapa de composição, algo que tem ganhado força nos bastidores nas últimas semanas. Ele destacou a importância de um diálogo que contemple todas as facções do clube: “Sempre coloquei meu nome à disposição, porque entendo que precisamos de união, mas ninguém sentou comigo para conversar. Lamentamos, pois o clube se desgasta a cada nova disputa. Portanto, a solução está na SAF, quando esses atores sairão de cena e não terão mais papel.”