Na segunda-feira, 23 de outubro de 2023, um trágico ataque em uma escola estadual em Sapopemba, zona leste de São Paulo, chocou o Brasil. Um adolescente de 16 anos matou uma aluna de 17 anos e feriu outros três alunos. O advogado do jovem, Antonio Edio, revelou que o ataque foi motivado pelo sofrimento do adolescente em decorrência do bullying e da homofobia que enfrentou na escola.
Segundo o advogado, o adolescente não aguentava mais a situação de discriminação que vivia e decidiu pegar uma arma de fogo na casa de seu pai, sem o conhecimento deste, e seguiu para a casa de sua mãe antes de ir à escola. O jovem teria dito a seu advogado que não tinha a intenção de atirar na estudante que acabou falecendo e que ela não estava envolvida nos episódios de bullying e homofobia.
O advogado ainda relatou que a mãe do adolescente havia registrado um boletim de ocorrência devido à homofobia que o garoto supostamente sofria e que a escola apenas recomendou que ela trocasse o filho de escola.
O Governo de São Paulo emitiu uma nota lamentando profundamente o ocorrido e expressando solidariedade às famílias das vítimas. O comunicado enfatizou o compromisso de promover um ambiente escolar seguro e acolhedor para todos os estudantes.
Segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a escola já contava com ronda escolar e atendimentos psicológicos aos alunos. Além disso, foi ministrado um treinamento contra agressão ativa na escola. No entanto, o ataque ocorreu apesar dessas medidas preventivas, levantando questões sobre a eficácia do sistema de segurança escolar.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também anunciou o acionamento do Laboratório de Crimes Cibernéticos para auxiliar nas investigações. A tragédia ressalta a necessidade de um debate mais amplo sobre a segurança nas escolas e a promoção de um ambiente inclusivo e respeitoso para todos os estudantes.