A Polícia Federal (PF) lançou uma operação na sexta-feira (20 de outubro de 2023) para investigar supostos casos de funcionários da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que teriam usado indevidamente sistemas de GPS da instituição para rastrear telefones celulares sem autorização judicial.
A PF está cumprindo 2 mandados de prisão preventiva, 5 de afastamento e 25 de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. A ação foi autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com as investigações, a rede de telefonia brasileira teria sido invadida “reiteradas vezes”, com o uso do sistema de geolocalização da Abin, adquirido com recursos públicos.
Além do uso indevido do sistema, a PF está investigando a conduta de dois funcionários da Abin que teriam usado o conhecimento sobre o uso impróprio do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão durante um processo administrativo disciplinar.
A PF observou que “os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”.
Até o momento, a assessoria de imprensa da Abin não respondeu às solicitações de comentários. O espaço permanece aberto para qualquer manifestação por parte da instituição.