Em uma reviravolta surpreendente, o ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, anunciou que estaria disposto a retirar as acusações feitas contra o atacante de futebol Karim Benzema, que afirmava que o jogador tinha ligações com a Irmandade Muçulmana, caso Benzema lamentasse publicamente a morte de um professor no norte do país. O ministro, no entanto, não apresentou elementos concretos que respaldassem suas alegações iniciais.
Darmanin, em declarações à imprensa transmitidas pelo canal BFMTV, reiterou sua preocupação em relação ao que chamou de “perigo” representado pela Irmandade Muçulmana e “o islã radical”. Ele argumentou que não reconhecer essa ameaça seria ingênuo e destacou a necessidade de conscientização sobre o assunto.
O ministro fez um desafio ao jogador, afirmando: “Se Benzema quiser mostrar sua boa fé e for capaz de, em questão de minutos, comunicar a suas 20 milhões de seguidores no X (antigo Twitter) que lamenta profundamente a morte deste professor, eu retirarei minhas palavras”. Darmanin fez referência ao assassinato de um professor em um ataque islâmico ocorrido na cidade francesa de Arras na semana anterior.
As acusações iniciais surgiram depois que Benzema publicou uma mensagem no X, expressando suas “orações a todos os habitantes de Gaza, vítimas mais uma vez de bombardeios injustos que não poupam mulheres e crianças”. Essa mensagem desencadeou a controvérsia e levou o ministro a fazer a acusação de ligação com a Irmandade Muçulmana.
Em resposta às acusações, o advogado de Benzema anunciou que pretende entrar com uma ação legal contra Darmanin e outras personalidades envolvidas na polêmica. A situação continua a atrair a atenção da opinião pública, destacando a sensibilidade das questões relacionadas à religião, política e liberdade de expressão na França e em todo o mundo.