Miguel Coelho, o ex-prefeito de Petrolina, não conteve sua indignação diante do recente anúncio da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) sobre a implementação de um rodízio de água na cidade. Em suas palavras, ele caracterizou a medida como um “atestado de incompetência” que lança uma sombra sobre a eficácia da empresa estatal e a gestão dos recursos hídricos em Pernambuco.
Petrolina, uma cidade localizada às margens do majestoso Rio São Francisco, desfruta de uma situação privilegiada em relação à captação de água. A cidade possui uma das estações de tratamento de água mais modernas do estado de Pernambuco, senão do Nordeste, inaugurada há pouco tempo. Além disso, obras de tratamento de esgoto de alto padrão também estão presentes na região. A tradição de pioneirismo e inovação em questões de água e saneamento em Petrolina torna ainda mais perplexante a falta de capacidade demonstrada pela Compesa, de acordo com Coelho.
O político também chamou a atenção para os recursos financeiros disponíveis à Compesa, alegando que a empresa arrecada entre 12 e 15 milhões de reais por mês em Petrolina. Diante disso, ele enfatizou que o problema não reside na falta de recursos financeiros, mas sim na falta de vontade, de gestão adequada e de prioridade na solução dos problemas. Ele ressaltou que se essa situação persiste em uma cidade como Petrolina, situada às margens do Rio São Francisco, então a situação nas áreas mais remotas, como o agreste e a Zona da Mata, deve ser ainda mais crítica. Até a capital, o Recife, enfrenta desafios semelhantes.
Miguel Coelho concluiu sua declaração com uma chamada à ação. Ele afirmou que os órgãos de controle precisam tomar medidas, mas o governo do estado também deve agir para resolver os problemas da Compesa, que, segundo ele, se tornou um verdadeiro “calo na vida das pessoas”. A comunidade de Petrolina e outras regiões afetadas anseiam por soluções eficazes para o fornecimento de água e saneamento, esperando que as autoridades ouçam seus apelos e atuem de forma decisiva.