No início de junho, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan empossou seu novo gabinete, marcando o início de um “novo período de glória” para a Turquia, que entra em seu segundo século de história. As nomeações do gabinete sugerem uma mudança em direção a uma política econômica mais ortodoxa, enquanto a política externa mantém sua trajetória. A economia turca enfrenta desafios significativos devido às políticas pouco ortodoxas dos anos anteriores, com a nomeação de Mehmet Simsek como ministro das Finanças sendo vista como uma mudança positiva. No entanto, a diplomacia turca deve manter uma postura independente em questões regionais, incluindo relações tensas com países como a Grécia.
No âmbito econômico, Mehmet Simsek, que já ocupou o cargo de ministro das Finanças entre 2009 e 2015, assumiu a posição novamente em um momento crítico. A economia turca enfrenta desafios como uma crise de custo de vida e a desvalorização da lira turca. Simsek expressou a importância da transparência e da conformidade com normas internacionais para restaurar a estabilidade econômica.
Na esfera internacional, a Turquia mantém sua postura forte com a nomeação de Hakan Fidan como ministro dos Negócios Estrangeiros. Fidan é uma figura central na política externa turca, conhecido por desempenhar um papel crucial em negociações difíceis e aproximações com outros países. A Turquia mantém relações desafiadoras com a Grécia e questões relacionadas ao apoio dos EUA a grupos no norte da Síria.
O novo gabinete turco busca manter a luta contra o terrorismo e lidar com desafios como o terremoto no sul do país e a presença de refugiados sírios. O tom mais suave do novo ministro do Interior, Ali Yerlikaya, pode contribuir para uma ponte na divisão social no país.
Embora o gabinete enfrente desafios econômicos e diplomáticos significativos, sua composição baseada em tecnocratas sugere um afastamento das nomeações políticas dos anos anteriores. No entanto, a influência de Erdogan ainda é central na política turca, e muito depende de suas decisões.