Segundo informações de ministros e auxiliares do presidente Lula, o governo está otimista em relação à possível retirada dos brasileiros que aguardam sair da Faixa de Gaza neste domingo (15). As autoridades devem empreender a ação de resgate pela manhã, focando na segurança dos cidadãos na área ao sul de Gaza e nas proximidades da fronteira egípcia.
Um grupo de brasileiros solicitou ajuda ao governo brasileiro para deixar Gaza, que tem sido alvo de bombardeios israelenses em resposta a ataques do grupo terrorista Hamas em território israelense. O Hamas mantém bases em Gaza, tornando a região perigosa.
A única rota viável de saída é pela fronteira com o Egito, onde um avião do Brasil aguardaria o grupo. No entanto, o Egito tem resistido à abertura da fronteira com Gaza.
O presidente Lula passou o dia mantendo conversas com autoridades para facilitar a abertura de uma janela de oportunidade para a retirada dos brasileiros pela passagem de Rafah. Lula conversou, por exemplo, com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi. A negociação com autoridades do Egito e de Israel também sugere a possibilidade de que outros estrangeiros possam deixar a região.
A aeronave presidencial do Brasil, enviada pelo governo para a missão, aguardará autorização para pousar no aeroporto de Arish, no Egito. O Brasil não exclui a possibilidade de oferecer transporte a pessoas de outras nacionalidades, pois a aeronave tem capacidade para 40 passageiros, enquanto o grupo brasileiro é menor do que isso.
O presidente Lula estabeleceu um gabinete de crise no Palácio da Alvorada, onde se reúne pessoalmente com assessores. Lula havia evitado o contato devido a uma cirurgia no quadril realizada há duas semanas, mas retomou suas atividades devido à urgência da situação.
Neste sábado (14), o assessor especial internacional, Celso Amorim, o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, e outros assessores próximos acompanharam de perto as negociações. Lula também conversou com os embaixadores do Brasil na região.