O conflito de longa data entre Israel e os palestinos é um tema complexo, com raízes históricas profundas. As tensões têm sido intensificadas nos últimos anos, particularmente durante o governo de Benjamin Netanyahu. No entanto, é essencial lembrar que Israel é uma das poucas democracias na região do Oriente Médio, cercada por regimes autocráticos e monarquias religiosas.
Israel possui uma oposição ativa, imprensa crítica e instituições políticas e jurídicas, incluindo a participação política de cidadãos palestinos-israelenses. Isso é uma raridade na região. O ressentimento e ódio dos palestinos em relação aos israelenses, alimentados pelo fanatismo islâmico e questões religiosas, são fatores que precisam ser considerados.
No entanto, as ações do grupo extremista Hamas em cidades e comunidades judaicas fronteiriças com Gaza são inaceitáveis. Ataques a crianças, mulheres e idosos, incluindo o recente ataque a uma festa de jovens israelenses, resultaram em centenas de mortes e sequestros. Nada pode justificar tais atrocidades.
A situação atual também ressalta as complexidades geopolíticas da região. O ataque inesperado e bem planejado do Hamas pode estar relacionado à aproximação entre Israel e a Arábia Saudita, um desenvolvimento que poderia mudar o cenário político no Oriente Médio, o que não é do interesse dos extremistas em ambos os lados, e ainda menos do Irã.
A escalada da guerra é uma ameaça constante. Portanto, o apelo do ex-presidente Lula da Silva para a criação de um corredor humanitário é relevante, visando proteger a população vulnerável, especialmente as crianças em Gaza, que enfrenta a pressão de embargos e ataques israelenses. A situação pede uma ação imediata para garantir a segurança e bem-estar daqueles que sofrem com esse conflito prolongado.