Na última sexta-feira, o Exército brasileiro confirmou o furto de 21 metralhadoras de grosso calibre de sua base militar em Barueri, na Grande São Paulo. As armas desapareceram após uma inspeção realizada na terça-feira anterior, revelando uma lacuna de segurança considerável.
O arsenal roubado inclui 13 metralhadoras calibre .50, conhecidas por sua capacidade de derrubar até mesmo aeronaves, e mais 8 metralhadoras de calibre 7,62. Em resposta ao incidente, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) declarou que todas as armas levadas eram “inservíveis” e precisavam de manutenção.
O Instituto Sou da Paz, uma organização sem fins lucrativos especializada em segurança pública, reporta que, entre janeiro de 2015 e março de 2020, 27 armas do Exército foram roubadas, furtadas ou desviadas no Brasil. Esse novo episódio é particularmente alarmante, não só pela quantidade de armas desaparecidas de uma só vez, mas também pela potência dessas metralhadoras.
A gravidade do incidente levanta questões sobre o controle dos arsenais do Exército e a necessidade de ação imediata para recuperar as armas, identificar e responsabilizar os envolvidos e fortalecer os procedimentos de segurança para prevenir futuras ocorrências. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso está sendo investigado internamente pelo Exército, com o apoio das polícias na busca pelas armas. Até o momento, o Ministério da Defesa não emitiu uma resposta oficial em relação ao ocorrido. Metralhadoras do tipo desviadas, como as roubadas em Barueri, frequentemente são utilizadas em ataques a carros-fortes e roubos a bancos, reforçando a necessidade de solucionar rapidamente essa situação e proteger a segurança pública do país.