Profissionais do Ibama e do ICMBio estão em ação para combater os incêndios que assolam o estado do Amazonas. Outubro de 2021 se configura como o pior mês de queimadas na região nos últimos 25 anos, conforme registros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora a situação desde 1998.
Na sexta-feira (13), o governo anunciou o envio de 149 brigadistas, compreendendo 119 do Ibama e 30 do ICMBio, com o propósito de auxiliar no combate aos incêndios florestais no Amazonas. Até a quinta-feira (12), o Inpe já havia contabilizado 2.770 focos de calor ativos, causando uma intensa neblina de fumaça sobre Manaus, elevando a cidade ao status de uma das localidades com a pior qualidade do ar do mundo e provocando a suspensão de atividades presenciais nas universidades.
De acordo com Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, esses brigadistas serão deslocados para o Amazonas entre a sexta-feira e a próxima segunda-feira. Adicionalmente, 140 brigadistas do Ibama e do ICMBio já estavam operando na região. Com o reforço anunciado, o total de profissionais engajados na operação alcançará a marca de 289. Agostinho também ressaltou que as multas por infrações contra a floresta na Amazônia Legal acumularam um valor próximo de R$3 bilhões.
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, alertou que as previsões indicam a persistência dos incêndios no Amazonas até novembro, enfatizando que a situação na Amazônia representa um desafio significativo. Além disso, agentes da Força Nacional foram autorizados a agir nos municípios do Sul do Amazonas com o objetivo de combater incêndios ilegais. O governador do estado, Wilson Lima, já havia declarado emergência ambiental em setembro e o governo disponibilizou recursos consideráveis para ações como a dragagem dos rios Madeira e Solimões, assistência humanitária e intensificação no combate aos incêndios na região.