A equipe médica do Hospital da Restauração (HR) suspendeu os sedativos de Dávine Muniz, de 34 anos. A professora está internada, em estado grave, após ser arremessada de um brinquedo que girava no ar, no parque Mirabilandia, em Olinda no dia 22 de setembro. A informação foi repassada por parentes e por advogados da família da jovem.
O irmão dela, Dustin Muniz, afirmou que o quadro clínico da professora de inglês ainda é delicado, mas vem apresentando melhoras significativas. Embora a sedação tenha sido suspensa, Dávine permanece desacordada, mas passou a reagir a estímulos externos, segundo o irmão
“Ela está reagindo a estímulos externos, eu cheguei a conversar com ela. Dá para ver que ela tenta se movimentar, mas eu pedi para ela não fazer isso, para apenas focar em se recuperar”, afirmou o irmão de Dávine.
Ainda de acordo com Dustin, o cateter que estava na cabeça de Dávine foi removido. Um aparelho tinha sido colocado para acompanhar a pressão intracraniana “Também não tem mais a necessidade do colar cervical e foi feito um procedimento de traqueostomia nela, para que ela tenha uma recuperação melhor ainda”, disse o irmão dela.
Justiça determina transferência
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou, na segunda (2), que o Mirabilandia transfira Davine para um hospital particular, em um prazo de 24 horas. A liminar foi entregue por volta das 16h, então a expectativa da família é que a professora de inglês seja transferida ainda nesta terça (3).
A transferência de Dávine vinha sendo negociada entre a família dela e a administração do parque desde 24 de setembro, dois dias após o acidente. No sábado (30), a família disse que o Mirabilandia desistiu de custear a internação da vítima depois que o HR liberasse a transferência da paciente para um hospital particular.
O advogado do Mirabilandia, Ernesto Cavalcanti, afirmou que o parque iria contestar a decisão judicial porque a defesa de Dávine teria omitido que a professora tinha plano de saúde.