Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre pressões para indicar uma pessoa negra, de preferência mulher, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas — um dos principais cotados para a vaga —, assinou uma carta-proposta suprainstitucional a favor da equidade racial. O documento foi proposto pela ONG Educafro, cujo diretor-executivo, Frei David, participou de uma reunião com Dantas nesta segunda-feira.
Estiveram presentes no encontro 30 mulheres e homens negros, formados advogados com o auxílio da organização, de acordo com comunicado do próprio TCU. Uma das demandas discutidas é a criação de um “orçamento sensível à equidade racial”, além da defesa da implementação de políticas de cotas, entre outras demandas.
Estiveram presentes no encontro 30 mulheres e homens negros, formados advogados com o auxílio da organização, de acordo com comunicado do próprio TCU. Uma das demandas discutidas é a criação de um “orçamento sensível à equidade racial”, além da defesa da implementação de políticas de cotas, entre outras demandas.
O presidente, entretanto, já afirmou que gênero ou cor não serão critérios para a escolha. Além de Dantas, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, também estão entre os mais cotados para a nomeação ao Supremo.
— Não precisa perguntar questão de gênero ou de cor. No momento certo vão saber — afirmou Lula na semana passada.
Ao fim da reunião com a Educafro, o presidente do TCU agradeceu pelo encontro e afirmou que, no TCU, há a busca em “promover a indução da equidade internamente e dentro da administração pública”, observando que é preciso “ter ouvidos e coração abertos para defender postulações legítimas”.