Durante a convalescença de 30 dias de Lula após a cirurgia no quadril, a liderança influente continua a exercer seu poder no país.
Que a primeira-dama do Brasil, Janja Silva, tem superpoderes, ocupa uma sala no Palácio do Planalto ao lado do marido, o presidente Lula, na qual os ministros quando despacham com o chefe têm que dar uma passadinha por lá para bater continência, todo mundo sabe. O que não se sabia até ontem é que a poderosa pode ficar dando as cartas no País, enquanto Lula ficará 30 dias inativo, em convalescência, após a cirurgia no quadril.
Diante disso, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, presidida pela deputada Bia Kicis (PL-DF), pretende votar na próxima semana uma série de requerimentos de convocação de integrantes do governo. A justificativa da oposição é cobrar “esclarecimentos sobre as notícias relacionadas à possibilidade e competência da primeira-dama Janja da Silva em assumir a agenda presidencial “.
Ao todo, foram pautados três pedidos de convocações de ministros: Márcio Macêdo, da Secretária-geral da Presidência da República; Rui Costa, da Casa Civil; e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. As votações dos requerimentos estão marcadas para a sessão da próxima quarta-feira do colegiado.
O Palácio do Planalto negou que Janja assumirá o comando do Executivo enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estiver se recuperando de uma cirurgia. O petista vai passar por um procedimento médico no quadril no próximo dia 29. A Constituição não prevê que o cargo e as atribuições do presidente possam ser assumidos por pessoas que não integram a linha sucessória, composta na seguinte ordem: vice-presidente, presidente da Câmara, presidente do Senado e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).