Depois de quatro meses de desencontros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve se reunir com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, hoje, (19)
Hoje à tarde, em Nova York, de acordo com auxiliares do brasileiro, Zelensky aceitou o convite para a conversa, que ocorrerá no hotel em que Lula está hospedado. Essa reunião representa um momento importante de diálogo entre líderes de diferentes países e pode abordar questões de interesse mútuo.
Em maio, os dois presidentes quase se reuniram durante a cúpula do G7 no Japão. Segundo a versão do governo brasileiro, foram oferecidos mais de dois horários para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que, assim como Lula, participou de parte do evento como convidado. No entanto, Zelensky não apareceu para a reunião, o que levou ao adiamento do encontro entre os dois líderes naquela ocasião. Essas situações destacam a importância de alinhamentos de agendas e logística para que reuniões entre líderes mundiais ocorram.
As autoridades ucranianas argumentaram que o Brasil demorou a responder ao pedido feito por Volodymyr Zelensky para se reunir com Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a versão ucraniana, quando a oferta de horários foi apresentada pelo governo brasileiro, o presidente ucraniano já tinha compromissos agendados, o que tornou difícil conciliar as agendas e resultou na falta de um encontro na cúpula do G7. Esses desafios logísticos e de coordenação de agendas são comuns em relações diplomáticas e podem influenciar a realização de reuniões entre líderes de diferentes países.
O desencontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Volodymyr Zelensky perturbou as relações bilaterais e levou a declarações polêmicas por parte do presidente ucraniano. Em uma delas, proferida no mês passado, Zelensky afirmou que Lula repetia o que era dito pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. Essas declarações refletem as tensões e desentendimentos que podem surgir entre líderes de diferentes países, especialmente quando há discordâncias políticas ou desacordos em questões de interesse internacional. Essa situação ressalta a importância da diplomacia e do diálogo para resolver divergências e promover relações saudáveis entre nações.
Lula e Zelensky conversaram por telefone, em março deste ano. No contato, o mandatário ucraniano convidou o presidente brasileiro para ir a Kiev.
O líder do governo no Senado, senador Jacques Wagner (PT-BA), informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu dois horários para uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante a Assembleia Geral da ONU. A previsão é que esse encontro aconteça após a abertura da Assembleia Geral. Esse desenvolvimento indica uma tentativa de retomada das conversas entre os líderes e pode representar um esforço para melhorar as relações bilaterais entre o Brasil e a Ucrânia. O diálogo diplomático é fundamental para resolver diferenças e promover a cooperação entre nações.
Visões não alinhadas
Lula chegou a Nova York sábado à noite e ficará até quinta-feira. Além da Assembleia-Geral da ONU, há a previsão de um encontro com o presidente americano Joe Biden e outras reuniões.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de um grupo de países para auxiliar na busca por um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Ele expressou o desejo de discutir esse assunto com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Por sua vez, Zelensky destacou que qualquer negociação deve se basear nas condições previamente apresentadas pela Ucrânia. Esse posicionamento indica que a busca por um acordo de paz na região é complexa e que as partes envolvidas têm suas próprias perspectivas e exigências, tornando essencial um processo de negociação cuidadoso e equilibrado para alcançar uma solução sustentável.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky expressou o desejo de que o Brasil adote uma posição mais dura contra a Rússia em relação à invasão da Ucrânia. Enquanto o governo brasileiro condenou a invasão russa, ele não concordou com a aplicação de sanções econômicas aos russos, como fizeram os Estados Unidos e os países da União Europeia.
Essa situação reflete a complexidade das relações internacionais e a necessidade de equilibrar interesses econômicos, políticos e diplomáticos. O Brasil pode ter suas razões para evitar a imposição de sanções econômicas, que podem ter impacto em suas relações comerciais e interesses nacionais. No entanto, o apoio a uma posição mais dura contra a Rússia é uma questão de política externa que envolve diferentes perspectivas e interesses.
As atividades do assessor especial para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, destacam o papel do Brasil nas relações internacionais e a busca por engajamento diplomático com diferentes atores globais. Em maio, sua visita a Kiev, antes da Cúpula do G7, mostra o interesse em questões relacionadas à Ucrânia e à Europa. Em abril, sua visita a Moscou e reunião com o presidente Vladimir Putin indicam a importância do diálogo entre o Brasil e a Rússia, apesar das diferenças políticas e econômicas.
A visita do chanceler russo, Sergey Lavrov, a Brasília no mesmo mês e sua afirmação sobre visões comuns sobre a paz mundial refletem o esforço de ambos os países em fortalecer seus laços diplomáticos e encontrar áreas de convergência em questões internacionais. Essa diplomacia ativa busca promover os interesses do Brasil e contribuir para a estabilidade global.