Deputado estadual por SP diz que vai lutar pela regulamentação da distribuição do medicamento no país, hoje acessível com facilidade apenas a pacientes com condições financeiras
O deputado estadual de São Paulo, Eduardo Suplicy, tornou público seu diagnóstico de Parkinson e seu tratamento com cannabis medicinal. Ele compartilhou em uma entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo” que a doença foi identificada em estágio inicial, com sintomas leves, no final do ano passado.
Segundo Suplicy, foi seu geriatra, Nelson Carvalhaes, quem identificou os sinais do Parkinson. O deputado, então, procurou especialistas, que chegaram ao diagnóstico do Mal degenerativo, que afeta o sistema nervoso central de forma progressiva.
Suplicy disse que nada havia mudado em sua vida, apesar da doença.
Eu não me dei conta de que tinha Parkinson. Só mais tarde, conversando com a doutora Luana Oliveira, é que fui percebendo alguns sintomas — afirmou o deputado, em referência à neurologista integrante do núcleo de Cannabis medicinal do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. — Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres, de tomar uma sopa. Tremia um pouco.
Suplicy também relatou dores musculares na perna esquerda e um desequilíbrio que, por vezes, o fazia tropeçar e quase cair. O político reuniu os filhos — João Suplicy e Supla — para falar do Parkinson e avisar que tornaria o diagnóstico público.