De acordo com a Polícia Federal, a acusada usava informações pessoais da vítima para acessar o benefício desde 1987. O dano financeiro estimado ao erário é de R$ 377 mil.
Fachada do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — Foto: INSS/ Divulgação
Uma mulher foi detida em flagrante por retirar, de maneira fraudulenta, uma pensão por morte em nome de terceiro. A Polícia Federal revelou que o benefício estava sendo indevidamente recebido desde 1987. O dano aos recursos públicos, conforme a corporação, chega a aproximadamente R$ 377 mil desde a adoção do Real como moeda oficial do Brasil, em 1994.
De acordo com a polícia, a prisão ocorreu em uma agência bancária de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, quando a mulher estava sacando os fundos. O montante da pensão fraudulenta era de R$ 1.300 mensais.
A Polícia Federal também revelou que a concessão da pensão ocorreu em 1983, mas a vítima só percebeu a fraude em 2019, ao solicitar um benefício previdenciário.
O delegado Afonso Marangoni, encarregado da operação, esclareceu que, embora o benefício tenha sido recebido por 25 anos, a mulher admitiu que estava sacando o dinheiro por um período de menos de um ano. As suspeitas apontam para o seu envolvimento com uma quadrilha que a cooptou para efetuar os saques fraudulentos.
“Na verdade, o benefício vinha sendo sacado por esse tempo todo, mas a gente não sabe se era exatamente essa mesma mulher. Provavelmente, não. Até foi a versão dela, de que não tinha muito tempo que ela estava fazendo esse saque. A gente suspeita que exista uma quadrilha por trás disso”, explicou o delegado.
O delegado Afonso Marangoni enfatizou a gravidade do delito, observando que, frequentemente, pessoas humildes e idosas são aliciadas para participar de esquemas fraudulentos, muitas vezes sob a falsa premissa de que se trata de uma infração menor ou que não serão descobertas.