Nas últimas 48 horas, representantes brasileiros se encontraram em Nova York com delegações de Turquia, Reino Unido, Venezuela, Moçambique e Malásia.
Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida – Foto: Clarice Melo
O Brasil almeja uma posição no Conselho de Direitos Humanos da ONU para 2024-2026, visando inaugurar uma “nova era” em direitos humanos, declarou o Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, em Nova York, na sexta-feira (8).
“O Brasil está de volta, de um novo modo, de um novo jeito e para uma nova era” no cenário multilateral, disse Almeida à AFP durante sua campanha em Nova York para angariar votos para a candidatura do Brasil a esse órgão da ONU com sede em Genebra.
“O Brasil retorna ao cenário multilateral com uma abordagem renovada e uma perspectiva para uma nova era”, afirmou Almeida à AFP em Nova York, enquanto buscava apoio para a candidatura do Brasil ao órgão da ONU sediado em Genebra.
De maneira específica, abordou o acesso à justiça, educação, saúde, combate à pobreza, trabalho, questões raciais, ambientais e o tratamento dos povos indígenas, esclareceu o ministro.
Almeida ainda assegurou que a participação do Brasil, que busca sua sexta vez no Conselho, “contribuirá para o fortalecimento das políticas internacionais do país”.
“Queremos trazer essas discussões que nós entendemos que são parte fundamental das discussões de direitos humanos, que sejam integrais, que não sejam partidárias e utilizadas como forma de instrumentalização”, acrescentou.
Num país dividido e após quatro anos de governo de extrema direita liderado por Jair Bolsonaro, o ministro enfatiza que o caminho mais adequado para garantir uma vida digna ao povo brasileiro é através da “democracia, diálogo e solidariedade”.
Durante os últimos dois dias, a delegação brasileira realizou encontros em Nova York com representantes de países como Turquia, Reino Unido, Venezuela, Moçambique e Malásia, além do enviado especial do secretário-geral da ONU para a violência contra crianças.
A eleição para o Conselho de Direitos Humanos ocorrerá em outubro deste ano, através de votação secreta direta, com maioria dos votos da Assembleia Geral.
O Brasil está na corrida pelas três vagas em disputa na América Latina e no Caribe no Conselho de 47 membros com sede em Genebra, juntamente com Cuba (buscando a renovação de sua cadeira), Peru e República Dominicana. Este órgão é responsável por supervisionar o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais em todo o mundo.